quarta-feira, 18 de janeiro de 2017

Logística para o Mountain Bike






Todo vez que um ciclista sai pra pedalar ele deve pelo menos estar preparado para trocar uma câmara de ar e sair do prego com ela cheia! Essa é a premissa, mas isso é o mínimo no pedal, pois dependendo de onde estiver a câmara e a bomba de ar não vão garantir o seu retorno para um lugar habitado ou seguro.

Diversas vezes passei por apuros no meio do nada e aprendi que o pneu furar é o padrão. Existem situações simples como uma corrente arrebentar até as complexas como uma gancheira ou um raio quebrar. Sim, uma corrente quebrar não é complexo, desde que tenha um bom kit de ferramentas, isso permitirá que possa continuar sua trilha com certa segurança, porém o caso de uma gancheira é mais complicado pois dependendo do dano, terá que retirar o câmbio traseiro e voltar pra casa sem passar as marchas! Isso também já aconteceu...

Já passei pela situação de ter furado o pneu 2 vezes, sem remendo, sem câmara e sem bomba de ar, pois tinha levado apenas CO2, quando isto aconteceu estava a 35 km do ponto de partida e não existia cobertura de celular pois era uma área rural - Era carnaval e estava na região da Serra da Mesa no interior do Goiás - Nesta situação lembrei que um amigo já havia passado por algo parecido e saiu do prego utilizando mato, isso mesmo, mato, mas muito mato, era mato suficiente para conseguir girar, então... era mato pra cara...o! Recentemente assisti outra técnica, aparentemente mais prática, o ciclista deve amarrar a câmara de ar próximo ao ponto de vazamento, no vídeo publicado o furo era um rasgo bem grande e na demonstração era possível voltar pedalando. Mais uma vez essa situação poderia ser amenizada se, no meu caso, tivesse investido, na época, e convertido minhas rodas para sistema Tube Less, que utiliza um líquido selante.

Já passei também pela situação da gancheira, não foi fácil voltar para casa, mesmo no asfalto a tendência da corrente é sempre ir para a marcha mais leve do cassete, isso é causado pelo desenho dos dentes, que possuem mecanismos que facilitam esse trabalho quando o câmbio está regulado, com isso a corrente acaba tensionando e impedindo o giro. Poderia ter levado uma gancheira de reserva e resolveria o problema.

Trilha ou Speed, pedais em locais ermos sempre devem ser planejados, de preferência estar acompanhado e possuir tanto a alimentação e a hidratação suficientes quanto os equipamentos necessários para ajudar ao máximo. Além disso existem as dicas, sempre consulte os companheiros de pedal, para saber como agir em uma situação crítica.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Treinamento com objetivos primários e secundários, prazer e obrigação.



Como qualquer atividade física efetuada com qualidade, é necessário que existam objetivos bem claros. Geralmente as pessoas começam atividades físicas com objetivos simples como lazer ou redução de peso, este início é algo importante para o sucesso ou o fracasso do treinamento.

Mais do que ter um objetivo, a escolha da atividade, a clareza dos objetivos e o comprometimento com os exercícios são essenciais para o sucesso. Lembrando que existem dois tipos de objetivos, os primários que devem ser colocados para serem cumpridos a longo prazo, e os secundários que podem ser encarados como estímulos à prática.


Para mim funciona assim, tenho o objetivo primário para 2017. Uma maratona de Mountain Bike de intensidade alta mas de período curto, dois dias de desafios que somados vão além de 160 km de trilhas com ascensões medianas para difíceis, a longo prazo pois estamos ainda no começo do ano e a prova será em setembro.

Os objetivos secundários são vários, entre eles tenho: terminar a prova bem, sem necessariamente buscar pódio mas estar classificado; reduzir o índice de gordura e peso; fazer cicloviagens curtas para condicionamento físico; melhorar o condicionamento na corrida; e melhorar o condicionamento na natação. Existem objetivos secundários que são esportes distintos, porém colaboram com a atividade principal.

A escolha da atividade está associada ao prazer, tem que ser algo que permita ao praticante uma sensação agradável. Tem gente de sente isso nas atividades de lutas, esportes a motor, corridas, ciclismo, resumindo... atividades que permitam a liberação de endorfina e adrenalina.

O comprometimento é associado ao costume, a rotina e a frequência. Fazer uma atividade física como obrigação é diferente de fazer uma atividade física como rotina, uma tende ao fracasso a outro tende à evolução técnica. Isso também depende de vários fatores como um bom professor, uma intensidade condizente com o preparo físico e um local agradável para a prática.

Resumindo, a atividade física deve ser efetuada como um projeto, com planejamento e objetivos claros, definindo constantemente metas e sempre preocupado em separar o prazer da obrigação.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Pedalar em Brasília turismo arquitetônico para todos



Pedalar em Brasília é um turismo arquitetônico impressionante, parece que a cidade foi feita pensando no horizonte em composição com os prédios... pelo menos é o que eu acho.

É um prazer poder sair cedo de casa e encontrar diversas vias no centro da capital que permitem um pedal de qualidade, com diversos estímulos visuais. Claro que nem tudo é perfeito, as vias em sua maioria estimulam a velocidade e além disso, muitos motoristas ainda não compreendem as leis de trânsito e a necessidade do ciclista em utilizar a faixa da direita, mesmo que seja aquele cantinho sujo que nenhum carro anda.

Temos em Brasília grandes grupos de ciclistas, que exercem de certa forma um poder político interessante, estamos aprendendo a construir uma cidade que permita a locomoção das pessoas por ciclovias. Essa realidade é apenas para a Capital e não para as Cidades Satélites, renegadas pelo Governo do Distrito Federal em políticas urbanísticas e na qualidade do trânsito. Muitas delas, quando possuem ciclovias, não permitem a locomoção para pontos importantes como estações de metrô, pontos de ônibus ou para a Capital. Bem, isto é o que penso, acredito que um urbanista, arquiteto ou engenheiro de trânsito possa explicar melhor o que constato e acho.

Falando de Brasília, existem diversos quilômetros de ciclovias, que passam em vários pontos turísticos. Vale a pena pegar uma bike e passear pela cidade, inclusive por locais que nós brasilienses não temos como locais turísticos, que são as superquadras e a Rodoviária do Plano por exemplo. Temos a Esplanada do Ministérios, que permitirá ver a Catedral, a Praça dos Três Poderes, descendo mais um pouco verá os Palácios do Jaburu e da Alvorada, voltando poderá ver a Rodoviária do Plano, a Torre de TV, o Estádio Nacional (Mané Garrincha), os Museus do Índio e do Juscelino Kubitschek entre praças e canteiros muito arborizados e bonitos. Vale o passeio, recomendo inclusive que seja feito com uma máquina fotográfica e acompanhado da família e de amigos.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2017

Voltando a treinar, o que é mais difícil?



Boa tarde,

Sempre disse que voltar a treinar é mais difícil do que começar uma nova atividade esportiva. Pelo menos para mim é uma barreira muito grande, porquê é saber o quanto terei que sofrer, me esforçar, já sei como será o caminho. Mudar as rotinas, criar um disciplina, adaptar os horários, melhorar a alimentação, me preocupar com sono, descanso e recuperação, respeitar os treinos, definir os limites das atividades... São tantos fatores, que provavelmente que está começando hoje não tenha noção, não estou reclamando, é o certo.

Mas existe realmente uma resistência maior para quem estava parado e agora precisa voltar. Foi uma escolha pela saúde, pelo prazer, pela sensação incrível que qualquer esporte feito por lazer e prazer traz.

Para mim o Mountain Bike é terapia, descobri o ciclismo como esporte com 25 anos, antes era diversão, talvez por este motivo o atrativo, o estímulo, fazer um esporte que sempre foi uma diversão, agora com adrenalina, com aventura... e um pouco de apuros, riscos e presepadas, como ocorre geralmente no MTB [Mountain Bike].

Estou na suposta fase do "Treino de Base", mesmo ainda sem uma planilha definida com treinos, sei que é a época dos educativos, dos pedais voltados para melhorar técnicas básicas e iniciar a melhoria cardíaca e respiratória, nada de treinos muito pesados, longe ainda dos treinos divertidos e de simulados. Pedais medianos, frequência cardíaca mediana e distância mediana... ou seja, pedais na grande maioria, medianos... por enquanto!